domingo, 27 de fevereiro de 2011

20 conselhos de Dalai Lama para a vida



1. Grandes amores e grandes conquistas comportam grandes riscos;
2. Se por um acaso perderes, tire proveito daquilo que aprendeu com a derrota;
3. Lembre-se dos três “R”: Respeite a si mesmo, Respeite os outros e Responsabilize-se pelas suas ações;
4. Lembre-se que às vezes, não conseguir o que queremos pode ser um maravilhoso golpe de sorte;
5. Aprenda sobre as regras e saiba usá-las no momento certo;
6. Não deixe uma pequena discussão afetar um grande relacionamento;
7. Quando descobrir que cometeu algum erro, tente corrigí-lo o mais breve possível;
8. Fique algum tempo sozinho, sinta-se bem com a sua companhia;
9. Aceite as mudanças ,mas nunca abandone os seus valores;
10. Lembre-se de que às vezes o silêncio é a melhor resposta;
11. Tente viver com plenitude e muita honra;
12. Viva o presente intensamente pois quando você ficar mais velho e se recordar do passado, poderá desfrutar as alegrias vividas novamente;
13. Viva num ambiente de amor em seu lar. Isso é a base da vida;
14. Quando discutir com alguma pessoa querida, evite fazer referências de fatos do passado, se preocupe com a questão atual;
15. Divida o seu conhecimento com os outros, é uma forma de garantir a sua imortalidade;
16. Preserve a Natureza;
17. Pelo menos uma vez por ano, visite algum lugar que nunca tenha ido antes;
18. Lembre-se que a melhor relação é aquela em que o amor mútuo é maior do que a necessidade mútua;
19. Julque o seu êxito por aquilo que você teve que renunciar para conseguir atingí-lo;
20. Ame e trabalhe com absoluto empenho.

Travessia - Milton Nascimento




Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Evolução/Helena Kolody



Caem as folhas de repente,
brotam outras pelos ramos,
murcham flores,surgem pomos
e a planta volta à semente.

Assim somos.
Sutilmente,deferidos do que fomos.

Impossível transmitir
por secreto e singular,
o acrescentar e perder
desse crescer que é mudar.

(Helena Kolody)
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Helena Kolody

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.





Biografia

Seus pais foram imigrantes ucranianos que se conheceram no Brasil. Helena passou parte da infância na cidade de Rio Negro, onde fez o curso primário. Estudou piano, pintura e, aos doze anos, fez seus primeiros versos.
Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima, aos 16 anos de idade, e a divulgação de seus trabalhos, na época, era através da revista Marinha, de Paranaguá.
Aos 20 anos, Helena iniciou a carreira de professora do Ensino Médio e inspetora de escola pública. Lecionou no Instituto de Educação de Curitiba por 23 anos. Helena Kolody, segundo o que consta em seu livro Viagem no Espelho, foi professora da Escola de Professores da cidade de Jacarezinho, onde lecionou por vários anos.
Seu primeiro livro, publicado em 1941, foi Paisagem Interior, dedicado a seu pai, Miguel Kolody, que faleceu dois meses antes da publicação.
Helena se tornou uma das poetisas mais importantes do Paraná, e praticava principalmente o haicai, que é uma forma poética de origem japonesa, cuja característica é a concisão, ou seja, a arte de dizer o máximo com o mínimo. Foi a primeira mulher a publicar haicais no Brasil, em 1941.
Foi admirada por poetas como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Leminski, sendo que, com esse último, teve uma grande relação de amizade pessoal e literária.

Pra ser sincero



Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger


Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...
Pra ser sincero
Não espero que você
Minta!
Não se sinta capaz
De enganar
Quem não engana
A si mesmo...
Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...
Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...
Pra ser sincero
Não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma
Ao diabo...
Um dia desse
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação...
Um dia desses
Num desses
Encontros casuais
Talvez eu diga:
-Minha amiga
Pra ser sincero
Prazer em vê-la!
Até mais!...
Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Nunca deixam suspeitos...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Perfeição - Legião Urbana (Composição: Renato Russo)

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...




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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Contos de Nasrudin - O tolo que era sábio



Todos os dias o Mullah Nasrudin ia até o mercado público. As pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque: mostravam duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin coçava a cabeça e depois de um tempo sempre escolhia a de menor valor.

A história correu pelas cercanias.

Todos os dias algumas pessoas mostravam as duas moedas e todos da pequena multidão em volta riam e faziam pilhérias. Nasrudin sempre ficava com a de menor valor. Um dia, uma pessoa de aspecto muito sério, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira, chamou-o a um canto, e disse:

"Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a de maior valor, que sempre é a maior. Assim você bancará o esperto, terá mais dinheiro e os outros não o considerarão um idiota".

Nasrudin lhe respondeu:

"Você tem razão, mas se eu escolher a moeda maior as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro para provar que sou mais idiota que elas. Você não faz idéia de quanto dinheiro já ganhei aproveitando-me deste truque." E acrescentou:

- "Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente".

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Nasrudin (também chamado Nasreddin, Nasr ud - Din, Nasredin, Naseeruddin Nasruddin, Nasr Eddin, Nastradhin, Nasreddine, Nastratin e Nusrettin Joha, Mullá Nasrudin, Hodja, entre outros nomes) é um personagem de histórias de humor disseminadas pela tradição Sufi. Uma de suas características centrais é encarnar, ao mesmo tempo, as qualidades de sábio e de tolo. Outro traço do personagem é se valer da própria tolice para dizer verdades, como acontecia com a figura medieval do Bobo da Corte.
As histórias de Nasrudin têm forma de anedotas e há quem diga que devem ser contadas de sete em sete. Frequentemente, Nasrudin é comparado a personagens de outras culturas como é o caso de Pedro Malazartes no Brasil.

Sua origem é polêmica. Para muitos, Nasrudin é turco. Mas há quem diga que o personagem é afegão ou grego. Há, ainda, outras divergências em torno de sua história. Seria Nasrudin apenas um personagem criado pelos sufis como ferramenta de disseminação de ensinamentos por meio do humor? Ou teria havido, na Idade Média, um mestre sufi que inspirou todas essas histórias? Que aparência teria ele? de um homem velho ou de um homem novo?

Segundo os sufis, nada disso é importante. "Esses contos dão forma a um sistema completo de pensamento que age em níveis de profundidade tão diversos que não pode ser totalmente extinto", diz o prefácio ao livro Histórias de Nasrudin editado pela Edições Dervish.

Pedido de demissão da vida adulta



Venho por meio desta, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.

Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança.

Quero acreditar que o mundo é justo, e que todas as pessoas são honestas e boas.

Quero acreditar que tudo é possível.

Quero que as complexidades da vida passem despercebidas por mim, e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.

Quero de volta uma vida simples e sem complicações.

Estou cansada de dias cheios de papéis inúteis, computador, notícias deprimentes, contas, fofocas, doenças, e a necessidade de atribuir um valor monetário a tudo que existe.

Não quero mais ter que inventar jeitos para ganhar dinheiro para pagar por coisas que verdadeiramente não necessito.

Não quero mais dizer adeus a pessoas queridas e, com elas, a uma parte da minha vida. Elas ficam, a partir de agora, eternamente vivas no meu mundo da imaginação.

Quero deitar a cabeça em meu travesseiro todas as noites, chamar ao Deus Todo-Poderoso de "Papai do Céu" e apagar cinco segundos depois.

Quero ter a certeza de que Ele está mesmo no céu, e que durante o sono nos encontramos e conversamos um monte.

Quero ir tomar café da manhã na padaria da esquina, e achar bem melhor do que um restaurante cinco estrelas.

Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel que vou navegar numa poça deixada pela chuva. A mesma chuva que me molhou inteira porque continuei brincando na rua.

Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.

Quero andar me equilibrando nos paralelepípedos como se fosse a grande equilibrista do circo.

Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque posso comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.

Quero levar duas horas comendo o meu Galack, torcendo para que ele nunca acabe.

Quero ficar feliz quando amadurece a primeira manga, ou quando tenho que colher todas as goiabas para fazer doce na panela de barro.

Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.

Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.

Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de cartas, dominó ou fazer túneis na areia da praia ...

Eu quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, dos números de 1 a 10, das cantigas de roda, recitar a "Batatinha quando nasce" e isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia...

Voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar e aborrecer.

Eu quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia. E o que é mais: quero estar convencida de que tudo isso vale muito mais do que o dinheiro!

Por isso, tomem aqui as chaves do carro, a lista do supermercado, as receitas do médico, o talão de cheques, os cartões de crédito, o contracheque, os crachás de identificação, o pacotão de contas a pagar, a declaração de renda, a declaração de bens, as senhas do meu computador e das contas no banco, e resolvam as coisas do jeito que quiserem. A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.

Agora, se você quiser discutir a questão, vai ter de me pegar, porque...

PIQUE! O PEGADOR ESTÁ COM VOCÊ! e, para sair do pegador, só tem um jeito: demita-se você também dessa sua vida chata de adulto, e venha brincar comigo. Vamos andar na chuva sem medo do resfriado.

NÃO TENDO MEDO DE SER FELIZ!

Aqui estão alguns dos nossos mais profundos, sinceros e ocultos desejos.

A simplicidade do universo de uma criança faz muita falta em nossos dias, em nossos corações.

A ambição e o egoísmo acabam sempre se tornando maiores. Nesse estado, julgamos, criticamos e atacamos. Sofremos.

Na pureza de uma criança somos como O SOL que irradia luz e alegria para todos, indiscriminadamente.

Por isso, de vez em quando, demita-se!

Ou melhor, viva como se estivesse eternamente demitido de tanta complicação. Comece agora a estudar a possibilidade de enxugar a enorme quantidade de gordura que existe nas exigências da sua vida. Celular? Cartões? Empregada? Faxineira? Seguros? Carros?

Afaste-se das complicações criadas pelo mundo dos adultos. Dos sentimentos mesquinhos e pequenos deste mundo.

E fique mais próximo do único sentimento que realmente vale a pena: a PAZ e vontade de desfrutar a vida, ou seja, brincar.

E viva mais feliz!

Conceição Trucom

Mais Uma Vez - Legião Urbana




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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Palavra Certa





A Palavra Certa

Os Paralamas do Sucesso


Atravesso a noite com um verso
Que não se resolve
Na outra mão as flores como se
Flores bastassem
Eu espero...
E espero...

Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam
E esperam

A chave que abre o céu
Da onde caem as palavras

A palavra certa
Que faça o mundo andar

Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam

E esperam

A chave que abre o céu
Da onde caem as palavras
A palavra certa
Que faça tudo andar

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O direito ao palavrão

 Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
 
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.

Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."


*** Autoria desconhecida - Ora dizem ser texto de autoria de Luís Fernando Veríssimo, ora de Millôr Fernandes, também já o encontrei como sendo de Arnaldo Jabor, mas parece-me, dentre as pesquisas que realizei, que o verdadeiro autor é Pedro Ivo Resende. Caso alguém saiba, por fonte segura, quem de fato escreveu este texto, deixe um comentário por gentileza. ***



 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Tempo




A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


(Mario Quintana)



Interessante como o tema tempo me prende,leio constantemente sobre isso.Vejo que mesmo lendo sobre diversas teorias e formas de encarar o tempo,continuo achando que não o tenho na quantidade suficiente.Sempre me falta tempo pra fazer o que quero,o que gosto ou estar com quem gosto.
As vezes penso se é possível conciliar tudo no pouco tempo que nos é oferecido.Mas será que é pouco o tempo ou não sabemos utiliza-lo.

A vida passa mais rápido do que consigo acompanhar,as vezes faço minhas as palavras de Helena Kolody:"Não é o tempo que passa depressa ,sou que vou devagar".

Gosto desse poema de Quintana,ele me faz ver que definitivamente não sei lidar com o tempo.Acredito que vivo ,igual a quase todo mundo, deixando a vida pra depois,mesmo sabendo que talvez não exista depois.E por mais estranho que pareça,não consegui aprender como viver diferente.As vezes parece que estamos pré-determinados a viver deixando o que realmente importa pra depois.

Desfrutar cada dia,aproveitar tudo que nos é oferecido,viver como se não existisse o amanhã,agarrar-se ao que temos agora e não focalizar no que ficou pra trás ou no que ainda não veio,é uma tarefa difícil de aprender.

Talvez um dia aprenderemos,quem sabe?!!...







é isso....

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Definitivo




Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...


(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Lei de Murphy




Dedico essa postagem a todas as pessoas que são perseguidas pela Lei de Murphy, pessoas que convivem com ela a tanto tempo que já aprenderam a detecta-la logo de manhã.

Sabe quando vc acorda atrasado porque quis dormir só 5 minutinhos a mais e acaba dormindo 30 minutos? vc salta da cama e a primeira coisa que descobre é que sua cama também está tendo um início de dia ruim, pois ela decide ficar no caminho de seu dedo mínimo do pé. Depois que vc consegue recuperar o fôlego, soltar todo seu fluente vocabulário chulo vc decide se vingar da cama dando-lhe um bicudão... mas esquece que ainda está descalço... e agora seu dedão faz companhia no sofrimento do dedinho...

Então, depois desse começo maravilhoso, vc decide enfrentar as forças universais que conspiram contra sua felicidade... vc se arruma... e sai... correndo desesperado pra compensar na hora os minutinhos de sono, que a propósito são os minutos de sono mais maravilhosos de todos os minutos de sono que podem existir. É claro que vc vai demorar pra conseguir trancar a porta, a chave vai ficar emperrada. Vc vai correr até o ponto de ônibus, mas é caaalaaaaro que o ônibus vai estar encostado no ponto, que está a uns dois metros de vc, então vc corre pra pega-lo... massssss o motorista também está tendo um dia ruim... e decide que não vai esperar vc.. .

Tudo bem! vc pensa... nunca me atraso tenho um bônus na empresa, faculdade ou colégio. Enquanto vc espera o próximo ônibus, acontecem coisas do tipo: chove, um carro passa e te molha, uma cadela no cio decide se esconder perto de vc e é seguida por milhões de cachorros enlouquecidos... entre outras coisinhas... masssssssssssssssssss... o ônibus chega... vc embarca... e finalmente as coisas começam a ficar tranquilas... vc senta desce, e por mais incrivel que pareça nada de ruim acontece nesse período.
Finalmente chega na empresa, molhado e cheirando a cachorro, mas com pensamento de que pelo menos está vivo... afinal pensamento positivo sempre...

Mas eu pergunto, é possível ter um começo de dia assim, e manter o pensamento positivo?... devido a essa questão decidi postar... eu acredito que não... pois quando tenho um dia de Murphy, confesso que meus pensamentos são os piores possíveis... e tenho pena das pessoas que cruzam meu caminho...

Bem é isso... só um começo de dia ruim pra inspirar um texto ruim...

Desabafei... o dia de Murphy tá terminando... ufa!



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pedaços de Mim | Martha Medeiros


Pedaços de Mim | Martha Medeiros
 
Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

É Preciso Saber Viver - Titãs (Composição: Erasmo Carlos e Roberto Carlos)

Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver

Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver, saber viver!

Como uma onda - Lulu Santos (Composição: Lulu Santos e Nelson Motta)

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo

Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo

Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Paciência

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...



Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

*** Autoria desconhecida - Na internet este texto tem sido atribuído à Luis Fernando Veríssimo, mas ao pesquisar a respeito, parece-me que não é de sua autoria. Caso alguém saiba, por fonte segura, o autor deste texto, deixe um comentário por gentileza. ***